terça-feira, 30 de novembro de 2010

Como dar um comprimido a um gato


Não há nada de complicado nisto! Siga os 15 conselhos a seguir e... seja feliz!

I
Pegue o gatinho e aninhe-o no seu braço esquerdo como se segurasse um bebê, tendo o comprimido na palma da mão esquerda. Coloque o indicador e o polegar da mão direita nos dois lados da boquinha do bichano e aplique uma suave pressão nas bochechas. Quando o felino abrir a boca, pegue rápido o comprimido da palma da mão esquerda e atire-o lá para dentro. Deixe o gato fechar a boquinha e engolir.

II
Recupere o comprimido do chão e o gato de detrás do sofá. Aninhe o gato novamente no braço esquerdo e repita o processo.

III
Vá ao quarto buscar o gato e jogue fora o comprimido meio desfeito.

IV
Retire um novo comprimido da embalagem, aninhe o gato no seu braço, segurando firmemente as patas traseiras com a mão esquerda. Obrigue o gato a abrir a mandíbula e empurre o comprimido com o indicador direito até o fundo da boca. Mantenha a boca do gato fechada e conte até 10.

V
Recolha o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Chame a sua esposa (marido) para ajudar.

VI
Ajoelhe-se no chão, tendo o gato firmemente preso entre os joelhos. Segure as quatro patas. Ignore os rosnados ameaçadores do gato. Peça à sua esposa (marido) que segure firmemente a cabeça do bichinho com uma mão e force a ponta de uma régua para dentro da boca do gato com a outra. Ela deve deixar rolar o comprimindo pela régua e esfregar vigorosamente o pescoço do gato.


VII
Desça o gato de cima da cortina e retire outro comprimido da embalagem. Tome nota mental de que precisará adquirir outra régua e mandar consertar as cortinas. Cuidadosamente varra os cacos das estatuetas e dos vasos do meio da sala e guarde-os para colar mais tarde.


VIII
Enrole o gato numa toalha grande e peça à sua esposa (marido) que se deite por cima de forma a que apenas a cabeça do gato apareça por debaixo do sovaco dela (dele). Instale o comprimido na ponta de um canudinho, obrigue o gato a abrir a boca e mantenha-a aberta com um lápis atravessado. Assopre o comprimido do canudinho para dentro da boca do gato.


IX
Consulte a bula para verificar se comprimido de gato faz mal a ser humano. Tome uma cerveja para lavar o gosto da boca. Faça um curativo no antebraço da sua esposa e remova as manchas de sangue do carpete com água fria e sabão.


X
Retire o gato do galpão do vizinho. Pegue outro comprimido. Abra outra cerveja. Coloque o gato dentro do armário e feche a porta até o pescoço de forma que apenas a cabeça fique de fora. Force a abertura da boca do gato com uma colher de sobremesa. Jeitosamente, utilize um elástico como atiradeira para lançar o comprimido pela garganta do gato.

XI
Procure uma chave de fenda e ponha a porta do armário novamente no lugar. Tome a cerveja. Procure uma garrafa de cachaça. Tome um traguinho. Aplique uma compressa fria na bochecha e verifique a data da sua mais recente vacina contra tétano. Aplique uma compressa de cachaça na bochecha para desinfetar. Tome mais um traguinho. Jogue a camiseta no lixo e procure outra no quarto.

XII
Ligue para os bombeiros, pedindo que venham retirar o desgraçado do gato lá de cima da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou ao tentar desviar-se do gato em fuga. Retire o último comprimido da embalagem.


XIII
Amarre as patas da frente às patas de trás desse danado e prenda-o firmemente à perna da mesa de jantar. Nas mãos, ponha luvas de couro. Do quintal, puxe a mangueira. Empurre o comprimido para dentro da boca da besta, seguido de um pedaço de carne. Segurando firmemente a cabeça desse terror felino, mande-lhe meio litro de água goela abaixo, para que o comprimido desça.
XIV
Tome o que sobrou da cachaça. Peça à esposa que o leve ao pronto-socorro mais próximo. Agüente firme enquanto o médico lhe costura os dedos e o antebraço e retira os restos do comprimido de dentro do olho direito. Lembre-se: "homem não chora". A caminho de casa, use o celular para falar com as casas de móveis para se informar sobre o preço de uma nova mesa de jantar.


XV
Peça à Liga de Proteção aos Animais que mandem um funcionário com urgência para recolher o raio desse bichinho mutante. Ligue para a loja dos animais e pergunte se eles têm tartaruguinhas para vender.


[desconheço a autoria do texto]



domingo, 28 de novembro de 2010

Esperança


A alma do carioca está triste. Há 7 dias os rostos que vemos pelas ruas são tensos e assustados.

Mas temos esperança... queremos nosso Rio de volta!


BICHO DE SETE-CABEÇAS


Estado recupera território que era do tráfico -Bandeiras do Brasil e da Polícia Civil foram hasteadas no alto do Complexo do Alemão - RJ- Foto Globo On Line

Nada funciona por aqui
meninos pisam em castelos de areia
alguns armam barracas no céu e outros... não sabem como desacampar

Ocupação de favela do Rio pelo Bope. Foto de Marcelo Saião O Globo On Line

Nada funciona por aqui
ninguém ‘bate-cara’ ! escondem-se dos próprios defeitos
concreta_mente as novas letras nos dicionários são madrastas

Nada funciona por aqui
cães babam sem vacina não mostram sequer os dentes
a Alegria que contagia é espuma desviada

Wilton Junior/AE/Arquivo/28.12.2009
Imagem EpocaEstado

Nada funciona aqui
milhões de folhas esperam por ponta-pés iniciais
para formarem redemoinhos com o vento

Nada funciona por aqui
estou sentada no selim ouvindo o ranger do aro da bicicleta
quase paralisada de frio relendo sete palavras-chaves

Polícia e Exército continuam na entrada da Favela da Grota, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio Foto: Fabio Rossi - Extra

Nada funciona por aqui
não compreendem como se lê a Esperança de madrugada
podem... mas devem ter preguiça de lustrar as estrelas

Dezenas de pessoas participam de missa celebrada no Corcovado, neste domingo: uma benção pela paz no Rio Foto: Reprodução

Nada funciona por aqui
...talvez sintam medo de morrer e de se entregar ao Amor
que dá Força ao renascer à Vida: - Outra vez, Aurora cante outra vez...

Helicóptero leva a bandeira do Estado do Rio para ser hasteada no alto do Morro do Alemão Foto: Gabriel de Paiva _ O Globo



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Paz


O RIO DE JANEIRO PEDE PAZ!




quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Edward Hopper

Edward Hopper, o Pintor da Solidão
1882 - 1967
 

Ele foi um dos grandes nomes da pintura moderna nos EUA. Sua obra, atualmente muito popular, nos oferece retratos importantes da sociedade norte-americana nas décadas de 1930-1950: verdadeiros espelhos da vida urbana norte-americana.
 
Cape Cod Evening
 
Nasceu em Nova Iorque em 1882 e sempre sonhou ser pintor. Estudou na Escola de Arte de Nova Iorque, tendo como mestres os pintores William Merrit Chase e Robert Henri, grandes representantes do realismo nos EUA.
Sua obra é impressionante. Em seus trabalhos, entre óleos, guaches, desenhos e ilustrações, ao retratar paisagens pitorescas da vida urbana, ele consegue capturar algo mais em cada uma de suas telas - e esta é sua marca registrada.
 
Carolina Morning
 
Seus trabalhos pertencem a escola moderna realista, nascida na época da fotografia e do cinema. Não é a toa que suas obras possuem uma qualidade "cinematográfica" - não somente pela composição despojada e equilibrada, mas principalmente pelo clima emocional que é tão bem explorado pelo artista.

The Circle Theater
 
Hopper pode ser chamado de o" pintor da solidão". Seus quadros de escritórios, cinemas, estradas, bares, motéis, restaurantes sempre transmitem um clima de uma melancolia profunda que, embora suave, é ao mesmo tempo devastadora.

Hotel Room
 
Sua arte simples e despojada pincela casas e móveis com grande leveza e habilidade. Os homens e mulheres por ele retratados em seus instantâneos têm essa mesma característica, feitas com pinceladas sempre suaves, em cores cintilantes suavizadas por tons pastéis. 
 
Office at Night
 
O que mais chama a atenção em seu trabalho é que os homens e mulheres de Hoper parecem sempre indiferentes e silenciosos ou ainda distraídos com suas tarefas rotineiras... sempre circunspectos e pensativos. 
 
Sunday
 
Nas cores dos quadros está o segredo de Hopper: ele domina as formas expressionistas, criando uma novo conceito de realismo, marcado por uma atmosfera emocional que exala de seus quadros. Usa cores sempre sóbrias e equilibradas, mas sabe manter o calor que dá às suas telas um ar romântico.
 
Morning Sun
 
Hopper era um verdadeiro poeta diante de suas telas: ele conseguiu, como ninguém, retratar o clima depressivo de sua pátria entre as décadas de 1930 a 1950.
 
Nighthawks
 
Hopper sempre foi um eterno solitário. Viveu sem ter um grande reconhecimento de seu trabalho e morreu no ano de 1967 em seus estúdio na Washington Square, em Nova Iorque.
 
Cape Cod Afternoon
 
 

Summer Evening



Gas
 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Absurdo!


(1882-1948)


Autor de fábulas que povoaram nossa infância, com seus bichos que falam, e seres encantados em situações que somente são possíveis em suas histórias. Ler seus livros desperta na criança o prazer pela literatura e aguçava sua criatividade, fecundando a imaginação.


O criador do Sítio do Picapau Amarelo é autor sempre presente nas recomendações de leitura das escolas públicas do país. Na semana passada, ele correu o risco de ter suas fábulas banidas das salas de aula por causa de uma acusação de racismo acolhida pelo Conselho Nacional de Educação, com o argumento de não "se coadunar com as políticas públicas para uma educação antirracista."

Se essa tetativa absurda se confirmasse, perderiam as crianças do Brasil e perderia o próprio Brasil.

O autor da questão foi o Sr. Antonio Gomes da Costa, funcionário da Secretaria de Eduação do Distrito Federal e mestrando na Universidade de Brasília. Em sua denúncia ele afirma que o livro Caçadas de Pedrinho incita o preconceito contra os negros em algumas passagens, que se seguem:


"É uma guerra das boas. Não vai escapar ninguém - nem Tia Anastácia, que tem carne preta. As onças estão preparando as goelas para devorar todos os bípedes do sítio, exceto os de pena."

"E aves, desde o negro urubu fedorento, até essa jóia de asas que se chama beija-flor."

"- Tia Anastácia trepou na árvore que nem macaca de carvão."

(trechos de Caçadas de Pedrinho, fábula de Monteiro Lobato acusada de racismo)

O ministro da Secretaria de Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo, disse que o conteúdo de Monteiro Lobato deve ser considerado racista e perverso. Ele ainda alega que, mesmo que não influencia uma criança a se tornar racista, fere a autoestima dos negros. Ele se diz contra o veto à obra de Lobato, mas afirma que "para nós, que temos orgulho em ter a pele negra e o cabelo crespo, é duro ler que uma negra subiu (numa árvore) que nem uma macaca."


No parecer da professora Nelly Novaes Coelho, vetar a obra de Lobato é uma tolice, já que não se pode negar a história. Uma das funções da literatura é explorar a realidade. "A história brasileira tem a escravidão por base. Isso levou a um preconceito muito fundo e não se pode passar a borracha nisso nem colocar dentro de um armário e fechá-lo."

O ministro da Educação, Fernando Haddad, não acatou o polêmico parecer do CNE que recomendava a exclusão do livro da lista de distribuição à rede escolar.

Seria um erro reduzir a obra de Monteiro Lobato ao que ela possa conter de racista. E proibi-la seria duplo erro: supor que nossos jovens sejam desprovidos de qualquer senso crítico e que interpretariam ao pé da letra o que foi escrito.

"Estão subestimando as crianças" - é o que alega o psicanalista Mario Corso - "Se ela se tornar mesmo racista, não será por causa da literatura, mas por causa dos pais ou do ambiente."

Erro maior ainda seria rotular uma grande obra como a de Monteiro Lobato, sem perceber a complexa relação do autor com as idéias de seu tempo.


Analisando sua obra, o "racismo" de Lobato é mesmo discutível. Muitas vezes o autor valorizou a contribuição dos negros na cultura brasileira. O conto Negrinha, de 1923, é tão somente uma denúncia contra a elite dos anos 20, saudosa do tempo da escravidão. A personagem, uma órfã de quatro anos de idade, passa fome e medo: "Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão."


O romance O Presidente Negro, de 1926, considerado eugenista por descrever um mundo em que uma raça supera a outra, pode ser lido sob o prisma de uma grande metáfora das conseqüências da desculturação de um grupo étnico. Ambientado nos Estados Unidos do futuro, é uma parábola sobre os guetos raciais do país. O choque entre as raças leva à aniquilação dos negros.

O conto Os Negros, de 1923, revela a discordância do autor em relação à discriminação racial e denuncia o aviltamento dos negros no Brasil pós-escravidão.


Absurdos como esta denúncia nos deixam apreensivos quanto ao futuro: o que virá depois? Depois de Monteiro Lobato, logo logo estaremos censurando Machado de Assis, que em sua obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, citava o escravo Prudêncio:

"Prudêncio, nascido escravo, servia de brinquedo do nhôzinho. Já adulto e liberto, o antigo pequeno amo, Brás Cubas, o reencontrou surrando um escravo, em pleno passeio público, ante a complacência de um ajuntamento de homens livres. O escravo suplicava: “Meu senhor!” Enquanto ele batia e gritava: “Cala a boca, besta!”.



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Feminino Plural - A seus pés



"Toda mulher que seduzir um homem para que ele se case com ela, utilizando-se de sapatos de salto alto ou outros artifícios (...) será castigada com as penas de bruxaria."
Lei promulgada no séc. XV, pelo parlamento inglês.

Uma paixão bem feminina:
"A adoração por sapatos pode não ser tão fútil como parece: o acessório faz parte da personalidade das mulheres."
Trecho do livro Eu Quero Aquele Sapato! - A maior obsessão feminina, de Paola Jacobbi

Se perguntassem a uma mulher qual o seu conto de fadas preferido, a grande maioria responderia sem hesitar: "Cinderela". O que tanto nos atrai nesta personagem certamente não é a própria princesa... mas sim o seu sapatinho de cristal.

Sim, muitas de nós temos uma paixão por sapatos. Uma paixão que não se limita à compra de diversos tipos e modelos, mas também a admiração e observação por um objeto que pode ser tão revelador.


Dizem que o sapato de uma pessoa revela muito de seu estado emocional. Suas metas e suas expectativas podem ser avaliadas por um simples observar do seu sapato. Revela também sua auto-estima e muitos acreditam que até sua atitude em relação ao sexo. Tênis e mocassins revelam uma mulher sem grilos na cabeça e muito atarefada e que não admite a ''vulgaridade'' de um salto alto na vida cotidiana.


Mas... observe uma mulher de salto alto andando na rua. Ela está consciente do poder de atração que exerce: seus passos, seu traquejo - seu ritmo não é só auditivo, é também visual. Uma combinação de passos com requebros e balanços... A mulher de salto alto é uma sereia que atrai os olhares de homens e de outras mulheres, claro que por motivos diferentes...

O custo de um sapato de salto alto é variável: alguns podem ser muito caros, mas certamente tornam-se baratos quando pensamos que podem substituir uma pulseira de brilhantes ou um casaco de peles como símbolo de luxo.

O que faz o sapato de salto alto ser tão fascinante?


Não é uma pergunta difícil de responder. Os sapatos de salto alto fazem a pelve oscilar, e conseqüentemente projetam os seios para a frente e salientam as nádegas. Sapatos de salto alto alongam as pernas, e automaticamente atraem os olhos para cima, ou seja, para a genitália...

Quando usamos salto alto nossos pés parecem menores... Enfim: sapatos de salto alto mudam consideravelmente o andar da mulher.

Sexy Shoes 43

O fetiche

O fetiche por sapatos está diretamente associado com o fetiche por pés. Esta é uma das formas de simbolismo erótico mais frequente: o pé e o sapato. Mesmo para um amante considerado dentro dos padrões normais, o pé parece ser uma das partes mais atraentes do corpo. Já foi comprovado cientificamente que a parte do cérebro que se relaciona com as sensações da genitália não se encontra entre as coxas, e sim bem próximo aos pés...

O salto agulha é o campeão de preferência pelos fetichistas, e o supra sumo deste modelo - o Stilleto - foi criado em 1950. Um salto com miolo de metal - permitindo saltos cada vez mais finos! Super alto, mas delicadíssimo: ele restringe e dificulta o andar, pode se partir sob pressão, mas provoca um andar tão sinuoso que marcou a moda da época, com suas roupas ultrafemininas.


Enfim, um Stilleto é uma arma mortífera poderosíssima: não é exagero dizer que andar com objeto deste atado aos pés faz uma mulher se sentir invencível!


Por que tantas mulheres adoram sapatos? Será porque sabe que os sapatos excitam os homens?

No imaginário masculino e feminino a imagem fetichista de um pé deslizando para dentro de um sapato de salto agulha é excitante... O salto alto torna a postura feminina mais elegante e atraente.

Passa por nossa fantasia que os homens veneram os pés de uma mulher... Alguns homens já declararam que adoram ver garotas de salto alto. O salto alto é o símbolo máximo do mundo feminino, um objeto que só elas podem usar: é o que diferencia homens e mulheres.


Afinal, por que o príncipe preferiu Cinderela às filhas de sua madrasta? Porque só ela possuia pés e sapatos de saltos tão perfeitos, capazes de tirá-lo do sério!


Slide com fotografias de Bela Borsodi


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