"Ó sono, ó gentil sono, ama da natureza, que motivo de espanto em mim descobres, para as pálpebras não me vires cerrar, nem mergulhares meus sentidos no olvido?"
(Shakespeare)
(Shakespeare)
De vez em quando a insônia vibra com a nitidez dos sinos, dos cristais. E então, das duas uma: partem-se ou não se partem as cordas tensas da sua harpa insuportável.
No segundo caso, o homem que não dorme pensa: "o melhor é voltar-me para o lado esquerdo e assim, deslocando todo o peso do sangue sobre a metade gasta do meu corpo, esmagar o coração."
No segundo caso, o homem que não dorme pensa: "o melhor é voltar-me para o lado esquerdo e assim, deslocando todo o peso do sangue sobre a metade gasta do meu corpo, esmagar o coração."
Carlos de Oliveira, Trabalho Poético
Crédito da imagem: Bert Van den Roye / Stock.Xchng
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