um budismo às avessas, solaramericano, transparente em paz e rosa, pastagem de sapo-boi zebu, em que a iluminação do nada não seja representada pelo luzeiro da lua cheia, alheia às nuvens de maia, mas sim pelo emblema-sol-ardente-aurirrubro, pantofântico e indomável. que de tudo faça osso, um sol carnífico e carnívoro, porque também é carne. carne do sol que é língua, serpente, de fogo, que beija, taturana, em ti e em cada–um.e o buda é um grande jaguar que respira às nossas costas, ora seco, ora úmido, sempre, hálito do meio-dia, que me abate, que te abate, e abate a cada-um.
O sol é malho e a terra forja.
Tudo sempre tão quente...
dá-me o remanso do mar.
Bruno Jalles
Imagem: "Caminhos Pragmáticos", pintura por Celia Marinho
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