Que nunca as pernas se cansem de dançar, pois é essa a única maneira de recomeçar.
Que nunca as pernas se cansem de tropeçar, pois é essa a única maneira de caminhar.
Que eu seja o que cai mas nunca descai, que eu seja o que desfruta e nunca o que aguenta – e que nunca abdique de ser o que tenta.
Que todos os homens aprendam a andar – e que corram e sonhem a cada saltar.
E que não haja pernas pequenas de mais, e que não haja no mundo dois homens iguais – e que se faça um começo de todos os finais.
E que o passo por dar continue a nascer, e que o caminho se faça pelo mero querer – e que eu ouse o perigo de insistir em viver.
E que nada termine sem o ai do orgasmo, e que nada se dobre sob o peso do pranto – e que um simples abraço me encha de tanto.
Que nunca as pernas se cansem de tropeçar, pois é essa a única maneira de caminhar.
Que nunca as pernas se cansem de dançar, pois é essa a única maneira de recomeçar.
Pedro Chagas Freitas
Imagem via Google
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