sexta-feira, 1 de maio de 2020

Calmaria azulejante


 

Não sei quando foi a primeira vez que te vi. Mas das primeiras imagens que retive, é nítida a lembrança de que trazias no fundo dos olhos azuis uma ternura latejante. Aparente calmaria frequentemente desmentida em ocasiões que não me passaram despercebidas. Uma ou duas alegrias comuns fizeram nossos olhos se cruzarem. Nos despedimos para um período de quinze dias. Senti, naquele instante, o anúncio de uma saudade que está comigo agora, quando espreito a solidão da tua sala vazia. Deixo que meus olhos se percam nas águas do rio, aparente calmaria azulejante...

Lana Moon




Arte de Minaieva




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"Há demonstrações de carinho que nos imensam!"

Manoel de Barros