domingo, 10 de agosto de 2008

Puxando seus próprios cordões

.
.
Somos ligados
de maneiras invisíveis
aos nossos medos,
somos o títere
& o titereiro,
as vítimas de nossas
expectativas.
Fios de seda puxam,
braços & pernas
mexem-se
& se sacodem.
Dançamos de acordo com a música
de nossos medos,
corpos encolhidos por dentro,
crianças escondendo-se, fingindo,
sob pedras,
por trás daquela árvore,
em algum lugar, em toda parte,
não o que controlamos.
Puxe seus próprios cordões,
entre no seu corpo
& de acordo com o compasso da vida
corte seus cordões,
estenda a mão para o desconhecido,
caminhe pela escuridão,
abra os braços
para o abraço do ar,
transforme-os em asas
que voam.
.
Gayle Spanier Rawlings

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