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Quem foi Maria Rita de Souza Lopes Pontes?
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Ela nasceu numa família simples, em Salvador - Bahia, filha de um dentista e professor da Universidade Federal da Bahia.
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Desde muito jovem descobriu que tinha vocação para o Amor. Aos treze anos de idade, visitando áreas carentes da cidade, começou a manifestar o desejo de dedicar sua vida as obras missionárias da Caridade. Tinha o total apoio da família nessa sua vocação de ajudar os mais necessitados, não apenas pelo exemplo do pai, que foi de grande inspiração para ela, mas também contava com ajuda direta de sua irmã Dulcinha.
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"Miséria é falta de amor entre os homens!
Irmã Dulce
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Pequenina e frágil, foi um grande exemplo de bondade e amor, responsável por uma das mais notáveis obras sociais do Brasil.
Ainda aos treze anos tentou ingressar no Convento mas foi recusada por ser muito jovem. Mas isso não impediu que amparasse os pobres, os miseráveis e carentes. Era uma inconformada com a desigualdade social e a miséria.
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Aos 18 anos formou-se professora e só então foi aceita na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de São Cristóvão, em Sergipe.
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"Deus não gosta dos insensíveis."
Irmã Dulce
A noviça fez seus votos em 15 de agosto de 1934 e adotou o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe. Voltou a Salvador e foi trabalhar junto a população de rua.
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Fundou a União Operária São Francisco, uma espécie de centro operário cristão, proporcionando atividades cultuais e recreativas juntamente com uma escola profissionalizante.
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Em 1939 ocupou um barracão e passou a abrigar mendigos e doentes. Mas foi expulsa pela prefeitura. Estabeleceu-se, então, no galinheiro do Convento. E em 1960 o galinheiro foi transformado em Albergue de Santo Antonio, com a ajuda do governador do estado, que cedeu um terreno. Foi responsável também pela criação de um asilo, o Centro Geriátrico Júlia Magalhães, e um orfanato, o Centro Educacional Santo Antonio, que abriga atualmente 300 crianças e oferece a elas curso profissionalizante.
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"Meu partido é a pobreza."
Irmã Dulce
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Todo o trabalho de Irmã Dulce era guiado por sua fé. Seu lema era atender bem e de graça, e recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais pela eficiência e qualidade do atendimento no Hospital.
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Quando se tratava de conseguir recursos para sua obra, ela era um gigante batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, pelos mercados, feiras livres e até mesmo nos gabinetes dos governadores, prefeitos, secretário e até de presidentes da república! Ela administrava tudo pessoalmente, com uma caridade de heroína.
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"O importante é fazer caridade, não falar de caridade."
Irmã Dulce
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Sua vida era muito simples. Comia muito pouco. Em seu prato geralmente havia um montinho de arroz e legumes. Não consumia carne, doce nem refrigerante. Não lia jornais, não via televisão e seus momentos de folga eram muito raros. Também dormia muito pouco, em média de quatro horas por noite, pois havia muitos doentes e famintos esperando por ela...
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"Sempre que puder, fale de amor e com amor para alguém. Faz bem aos ouvidos de quem ouve e à alma de quem fala."
Irmã Dulce
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O povo da Bahia considerava a freirinha como um "Anjo Bom". Ela recebeu apoio de muitas pessoas de outros estados brasileiros e até de personalidades internacionais para a sua obra.
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No dia 7 de julho de 1980 encontrou-se com o Papa João Paulo II e ouviu dele um incentivo para que continuasse com suas obras sociais.
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No ano de 1988 Irmã Dulce foi indicada pelo então presidente da república, José Sarney, com o apoio da rainha Silvia da Suécia, para o prêmio Nobel da Paz.
Na segunda visita do Papa ao Brasil, João Paulo II fez questão de visitar Irmã Dulce, que já estava com a saúde muito fraca, em seu leito de enferma. Ela morreria cinco meses depois, a 20 de outubro de 1991, pouco antes de completar 78 anos.
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"Se fosse preciso, começaria tudo outra vez do mesmo jeito, andando pelo mesmo caminho de dificuldades, pois a fé, que nunca me abandona, me daria forças para ir sempre em frente."Irmã Dulce
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Seu velório seu deu na Igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia, com a presença de muitos políticos, empresários, artistas que se misturavam aos milhares de pobres, simples e anônimos que foram externar sua dor pela morte de seu "Anjo Bom".
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No ano 2000 foi distinguida pelo Papa João Paulo II com o título de "Serva de Deus" e seu processo de beatificação está tramitando na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.
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A 21 de Janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável.
A 03 de Abril de 2009, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heróicas.
No último dia 09 de Junho de 2010 o corpo de irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez. Este é o último estagio do processo de beatificação, faltando apenas assinatura do papa Bento XVI ao decreto que concede a ela o título de "Bem Aventurada". Veja aqui.
Veja aqui mais sobre a vida de Irmã Dulce da Bahia.
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4 comentários:
Sem dúvida uma vida para ser seguida como exemplo.
Beijos
Mah
Dalva, ela é bem conhecida e uma grande mulher que está cumprindo sua missao.
Bjao
Um grande exemplo!
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Chegamos de viagem e venho aqui só pra dizer que esse carinho danado de bom é realmente algo que faz falta.
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
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Tive oportunidade de conhecê-la, pois atuei com voluntária nos plantões da pediatria do Hospital Sto Antonio. Ela chegava todos os dias as 5 a manhã para ajudar a dar banho nas crianças, mto fragil, mas ativa e dedicada.
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