É consentir em certos sacrifícios, renunciar às pretensões exorbitantes, aprender que é melhor “vencer nossos desejos do que a ordem do mundo” (Descartes).
É descobrir que o obstáculo não é a negação, e sim a própria condição da liberdade. É reconhecer que nunca nos pertencemos inteiramente, que de certa maneira nos devemos ao próximo, que abala nossa pretensão à hegemonia.
Por fim, é compreender que é preciso nos formar transformando-nos, que nos fabricamos sempre contra nós. Em resumo, tornar-se adulto é fazer o aprendizado dos limites, é renunciar às nossas loucas esperanças e trabalhar para ser autônomo, capaz tanto de se inventar quanto abstrair-se de si.
Pascal Bruckner
em A tentação da inocência
Um comentário:
Bom dia Dalva!
De passagem, para desejar um bom feriadão e uma excelente pascoa para você e aos seus.
Abraços.
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