TERROR
(…)
Não sei se são os trinta (...) anos, a chuva,
o sabor de mais um dia derrubado
nos transportes coletivos,
a queda maligna das primeiras folhas;
não sei o que é, talvez o teu amor
comece, pouco a pouco, a civilizar-me.
Agora, se chego em casa e tu não estás,
corro a pôr música, abro janelas,
agarro-me ao telefone, como um náufrago,
incapaz de suportar por um segundo
o terror emboscado debaixo da cama,
atrás das estantes, dentro de mim.
José Miguel Silva
2 comentários:
Há dias assim, só espero passem rápido e não se repitam...
Bjs
Olá Dalva!
Á angustia nos faz sofrer tanto o quanto a dor da saudade.
Abraços e um bom domingo.
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