segunda-feira, 10 de julho de 2017




Quando chegava de manhã, um bombom sem remetente a esperava na prancheta de desenho. O responsável? Ninguém viu - na verdade, ninguém nunca vê essas coisas. Uma vez que os chocolates cismavam em surgir, avisou ao escritório inteiro que era noiva e não ia aceitar esse tipo de cantada doce. Os bombons deram de ombros... 
Com o tempo, tornaram-se uma espécie de certeza que o dia ia começar. Quando, portanto, sumiram, entristeceu. Não pela falta de glicose, mas por imaginar que alguém deixou de desejá-la. Foi então que o mais envergonhado da seção, pousou - na frente de todos - uma caixa de bombons em sua mesa e se retirou, sem dizer nada. Se deu certo? Bem, meu tio ainda traz chocolate para a minha tia, que reclama que ele não respeita o regime dela.

Leonardo Sakamoto


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