quarta-feira, 20 de junho de 2018


"Ó sono, ó gentil sono, ama da natureza, que motivo de espanto em mim descobres, para as pálpebras não me vires cerrar, nem mergulhares meus sentidos no olvido?"
(Shakespeare)

De vez em quando a insônia vibra com a nitidez dos sinos, dos cristais. E então, das duas uma: partem-se ou não se partem as cordas tensas da sua harpa insuportável.
No segundo caso, o homem que não dorme pensa: "o melhor é voltar-me para o lado esquerdo e assim, deslocando todo o peso do sangue sobre a metade gasta do meu corpo, esmagar o coração."
Carlos de Oliveira, Trabalho Poético

Crédito da imagem: Bert Van den Roye / Stock.Xchng

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