quinta-feira, 10 de janeiro de 2019



Livrai-me, Senhor
De tudo o que for
Vazio de amor.
...
(Carlos Queiroz)

Tenho medo. Tenho medo da acidez humana, que desacredita na bondade. Medo de quem duvida dos sentimentos mais simples e procura assim complicar a vida com uma coleção de teorias vazias e obsoletas.
Medo das pessoas que mastigam silenciosamente sua ira, enquanto olham com reprovação para os sonhos dos outros. Das mãos fechadas por avareza e que desaprendeu a beleza da carícia. De ser tomada pelas dúvidas de quem fica sentado no caminho esperando a vida acontecer. De quem não comete erros, não corre riscos, não possui a ousadia dos dias coloridos que insistem em exagerar.

(Ita Portugal)



Um comentário:

Sylvio Mário Bazote disse...

Entendo esse medo!
Belo texto e bela imagem!
Um pouco de frescor na aspereza dos dias atuais.

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