quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Um poema



Quem é que não se lembra
daquele grito que parecia trovão?!
É que ontem
Soltei meu grito de revolta.

Meu grito de revolta ecoou pelos vales mais longínquos da terra,
atravessou os mares e os oceanos,
transpôs os Himalaias de todo o mundo,
não respeitou fronteiras
e fez vibrar meu peito.

Meu grito de revolta fez vibrar os peitos de todos os homens,
confraternizou todos os homens
E transformou a vida.

Ah! O meu grito de revolta que percorreu o mundo,
que não transpôs o mundo,
O mundo que sou eu!

Ah! O meu grito de revolta que feneceu lá longe,
muito longe,
na minha garganta!
Na garganta de todos os homens.


Amilcar Cabral




Credito da imagem: aqui






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