terça-feira, 10 de novembro de 2020

Doce Cacau, minha saudade verdadeira

 


CACAU
08.01.2000
27.10.2013

Há mais ou menos um ano e meio eu e a Cacau tínhamos o hábito de passear ao finalzinho da tarde, princípio das noites de sábado e domingo, ir até a Rua Dias da Cruz, na pracinha. Devido a sua idade e ao seu tamanho minúsculo, nunca gostou muito de andar no chão. Na metade do primeiro quarteirão, voltava-se para mim e pedia colo. Lá na pracinha, nos juntávamos a um grupo bem especial. Oito cães, quase todos de raças pequenas (yorkshires, poodles, tenerifes... e entre eles um grande e doce retriever chamado Oscar). Os cães e seus donos. Sentávamos nos bancos com os cachorros geralmente no colo e a conversava levava às vezes horas... Cacau era a mais velhinha do grupo, todos a tratavam de Senhorinha Cacau - diga-se de passagem, sempre arredia. Como uma boa pinscher não fazia amizades facilmente. Passados 15 dias de sua partida, fui visitar o grupo. Todos conheciam os problemas de saúde pelos quais ela vinha passando e, ao me verem chegar só, não foi difícil adivinhar o acontecido. Abraços, palavras gentis e consolo. O que me deixou mais emocionada foi a reação dos cachorros. Todos eles vieram me cumprimentar quando cheguei, mas de uma forma diferente. Alguns me cutucavam com o focinho, principalmente o Oscar. Outros se levantavam na pata traseira e ficavam em pé, diante de mim. E não era só alegria pelo meu retorno depois de duas semanas... tinha algo mais. Quem conhece e convive com cachorros, sente. Estavam solidários - alguns pareciam que queriam perguntar onde ela estava. Oscar, com certeza, me consolava... Por essas e outras coisas, amo os cães.



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