sábado, 23 de janeiro de 2021

Livro eterno de escrituras efêmeras

 

O céu é um livro eterno de escrituras efêmeras.
Até profecias ele revela, através das letras rápidas: vai chover, vai secar, vai cair pedra.
Às vezes fala de alguns destinos: quem partiu para longe.
Por outras, letras meteóricas, um ponto final.
Mas o livro, em si, é sempre novo, sempre no começo.
E permanentemente aberto. O que abre e fecha é a janela. Ou nossos olhos.
O céu é um livro que todos lêem e entendem, seja em Varre-Sai ou em Pequim.

José Antônio Abreu de Oliveira


Fotografia de Dalva Nascimento




Um comentário:

Sylvio Mário Bazote disse...

Coisa boa é gastar tempo – de tempo em tempo – olhando uma nuvem mudar, o sol surgir ou sumir, a chuva que vai cair...
... e ter a percepção do tempo presente, mutável, efêmero e precioso!

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