Era um jovem promissor. Com talento natural e uma ambição desmedida, atirou-se ao mundo cheio de entusiasmo.
Depressa percebeu que o que Deus lhe dera, os homens não reconheciam: a César o que é de César, a Deus o que é de Deus. E, bem recomendado, foi ter com César.
Conheceu as pessoas certas, convenceu-as do seu talento, e em breve foi testado num dos múltiplos cargos controlados pelas teias do poder. Mostrou serviço e conquistou a confiança de César.
Tempos depois um jornal convidou-o para colunista, e César telefonou a felicitá-lo. Agradeceu. Começava a ter nome na praça e sabia quem lhe tinha aberto a porta.
Com inegável talento depressa conquistou os leitores. A sua opinião era considerada e fazia-se pagar bem por isso.
Um dia, quando a opinião pública andava agitada com uma determinada medida de César, recebeu um telefonema de preocupação. Percebeu, então, que tinha chegado a hora de começar a pagar a fatura.
via AC, do blog Interioridades
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