Ser pedra, raiz, muro. Invisível aos olhos dos passantes. Ser qualquer coisa debaixo do chão, terra ou bicho, onde nenhum olhar me encontre. Escuridão ou fantasma ou silêncio. Ser pó sobre os móveis. Esconder-me do mundo, escorregar para o vazio e encontrar um corredor entre a luz e o sonho. Ser apenas uma memória longínqua, personagem esquecida de uma história sem final feliz. Ser um resto de nada, entre ruínas e estilhaços. Poder fechar os olhos... Chorar.
Ou fugir.
Ana Mateus
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