Descobriram-se na solidão de cada um. Aproximou-os a distância que sentiam em relação aos outros, a impossibilidade de serem um entre tantos. Uniu-os a simplicidade de serem o que eram.
À medida que caminhavam, reforçando laços e utopias, impressionava-os a grandeza das coisas. Quanto mais viam mais se sentiam partícula ínfima. Mas tinham-se um ao outro, frágeis atores dum universo em expansão. Apesar da grandeza que os rodeava, sentiam o calor das mãos. E, na imensidão da beleza inexplicável, era quanto lhes bastava.
A.C.
Arte de Helio Cunha
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