terça-feira, 3 de novembro de 2009

Contra a Violência

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A postagem de hoje vem atender a um convite da Beta do Blog “Mix Cultural”, LUTA CONTRA A VIOLENCIA.
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Muito se tem lido e falado sobre a violência, muitas campanhas têm sido veiculadas com o intuito de promover a paz. Mas, objetivamente, os resultados obtidos são poucos e desanimadores. O que vemos é o crescimento da violência de um modo geral, seja no âmbito pessoal, familiar e urbano.
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A proposta da Beta para esta Blogagem é: “O que podemos fazer de concreto para mudar este cenário de violência mundial? O que cada um pode fazer por sua cidade?”
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Creio que o primeiro passo é acreditar que pequenas atitudes pessoais podem ter efeito sobre a onda crescente de violência que assola nossas cidades. Seqüestros, homicídios, guerras e confrontos de todos os tipos podem ser influenciados por ações anônimas???
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Para acreditar nisso nada melhor do que os exemplos de Ghandi, que conquistou a independência da Índia sem ferir ninguém... e Martin Luther King, que levantou a bandeira da igualdade de direitos civis para brancos e negros nos Estados Unidos apenas com a revelação de um sonho...
E conseguiram isso de uma forma muito simples: sendo eles mesmo o espelho da mudança que queriam ver nos outros e através de seu exemplo e paciência conquistaram muitos aliados em torno de seus ideais.
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Creio firmemente que a violência do mundo só pode ser vencida se opondo a ela uma atitude firme de não-violência. Citando o próprio Gandhi:
“Não há caminho para a paz. A paz é o caminho.”
E esse caminho, trilhado individual e coletivamente, pode romper a cadeia da violência que tristemente assola as relações humanas, na família, no trabalho, nas cidades e nos países.
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Muitos poderão taxar essa atitude como um sinal de apatia, ou até mesmo de covardia. Pelo contrário, o pacifista está usando uma arma poderosa: sua reação de não-violência “dobra” o agressor, fazendo com que se conscientize de seus atos insanos de violência. O pacifismo é, paradoxalmente, uma luta renhida que não compactua com a força bruta.
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Esse é o primeiro passo, que desencadeará outros passos, maiores e mais sifnificativos: vencer os mecanismos da competição, da sedução e do invidualismo, que sempre geram algum tipo de violência. Um exemplo disso é a parábola a seguir:
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"Numa tarde de inverno europeu, um pardal encontra uma pomba silvestre e pergunta:
- Você sabe me dizer quanto pesa um floco de neve?
- Nada de nada - respondeu a ave.
- Nesse caso, vou lhe contar uma história maravilhosa - disse o pardal. - Eu estava sentado no ramo de um pinheiro quando começou a nevar. Era tudo tão lindo e, como eu não tinha nada melhor a fazer, passei a contar os flocos de neve que se acumulavam nos galhos e agulhas do meu ramo. Contei exatamente 3 741 952. Quando o floco número 3 741 953 pousou sobre o ramo - nada de nada, como você diz - o ramo se quebrou.
Dito isso, o pardal bateu asas em retirada. A pomba, porém, mergulhada em profunda reflexão, concluiu:
- Talvez esteja faltando uma única voz para trazer paz ao mundo."
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Bonita e ilustrativa parábola... mas e os atos concretos para ela, quais seriam? São atos tão simples, que podemos adotar mesmo nas nossas vidas cotidianas.... O diálogo familiar , a cooperação como forma de substitutir a competição, a resistência a nossos impulsos violentos, não responder as provocações, cultivar a paz interior... essas atitudes simples, anônimas e pessoais têm poder transformador e podem nos auxiliar na busca pela paz tão almejada e aparentemente inalcançável...
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É muito fácil culpar os governantes, aqueles que estão “no poder”, mas, na verdade, o “poder está em nós". Talvez tudo isso fique no campo das idéias, talvez a raiva não saia do nosso coração, talvez a violência não abandone nossas cidades, talvez as guerras não saiam de moda... a paz talvez não deixe de ser uma utopia, mas certamente tudo isso nos levará a uma profunda reflexão e nos dará a certeza de acredtar que cada pequeno gesto de amor, cada palavra de carinho, cada olhar gentil, cada sorriso e gesto de perdão é capaz de construir a paz...
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Este post faz parte da blogagem Coletiva "Luta Contra a Violência", proposta pela Beta do Blog Mix Cultural.
Obrigada, Beta, foi um prazer participar!

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6 comentários:

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Dalva, tudo bem?

Seu post extremamente sensivel e inteligente. Me lembro muito quando jovem fui ver no cinema a vida de sai de lá diferente pelo impacto da vida dele.

Um beijo

Roberta de Souza disse...

Dalva que post mais delicado!
Parabéns e obrigada!!!

Bj
Beta

estrelaquebrilha disse...

Adorei este post.
bj

Raquel Cecília disse...

Com certeza esta é a mensagem que falta ser impregnada em nós, em nossa sociedade. Parabéns pelo seu post, é muito motivador e conscientizador ao mesmo tempo.

Passei por aqui também para te avisar que tem selinho pra ti lá no meu blog, dá um pulinho por lá! =^^=

Bjinhu

Wania disse...

Dalva,

Texto fala forte, mas com uma leveza enorme! Escreveste com a pena da paz, pode ter certeza!

Parabéns, lindo de ler!

"Eu mudo e o mundo muda pra mim"
Sigamos fazendo a nossa parte...

Bjão

Jr Vilanova disse...

Excelente reflexão!

Também concordo que a primeira violência a ser controlada é a interna, proveniente da imperfeição humana... o grande desafio é controlar ímpetos, temperamentos, índoles... não adianda buscar fora aquilo que precisa se modificado internamente.

Apolinário Júnior.
www.dapoesiaaocaos.blogspot.com

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