Vó curava os dias tristes com bolinhos de chuva e esticava as manhãs leves com broas de milho.
Cair da bicicleta dava em galinhada; perder um dente, em sorvete de nata.
E para dor de saudade, vó? Ela sabia que, para isso, não havia receita,
pois durante anos tentara cozinhar a perda do vô.
E jogou o soluçar do neto no ombro, tirando o amargo de sua boca e enganando o vazio.
2 comentários:
Que linda postagem, Dalva.
Vó tem o amor de mãe revisitado e ampliado, por isso tem tanto encanto e cura para todos os males...
Ótima semana para você!
Que texto maravilhoso e cheio de doçura.
Adorei ler.
Bjs.:
Sil
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