De olhos abertos, viu maravilhas sem tamanho mas, quando os fechava, encarava o vazio.
Anos depois, ao voltar para casa, com a mala pesada de amores e decepções, viu que alguém se divertia no balanço da velha mangueira do quintal. Para seu espanto, era ele-quando-menino, que ria alto.
O garoto pegou sua mão, deu-lhe lugar no balanço e sumiu assobiando alguma cantiga há muito esquecida. Ele se sentou e sentiu uma brisa leve lhe acariciar o rosto. Fechou os olhos. E, pela primeira vez desde que era criança, viu maravilhas sem tamanho.
Leonardo Sakamoto
Crédito da Imagem: Fotografia de Rarindra Prakarsa
3 comentários:
vim fazer uma visitinha virtual. Vc tem face?
Todo retorno faz com que deixemos de ser pródigos de nós mesmos...
Ótima semana para você, Dalva!
Obrigada a todos pela visita!
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