Amar é um risco assumido por aqueles que não temem os cortes de novas feridas.
É o salto dado pelos loucos que não se preocupam com o trapézio sem rede, apenas se jogam na cega confiança de que o outro irá apará-los.
(...)
O amor por si só é uma loucura. E, sendo assim, não responde à razão. Tem pernas próprias.
(...)
O mais importante diante do arame farpado capaz de decepar expectativas é crer que a passagem é exata. Não pode haver a pretensão de passar incólume, já que o amor transforma a qualquer ser que toque, mas saber que é necessário encarar o risco.
O amor é para os raros, aqueles que acreditam no abraço do lado de lá. Aqueles que não temem o perigo de amar.
Gustavo Lacombe
(Arte de Haleh Bryan)
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