Não posso fugir dos pequenos milagres. Você me abraçou na eternidade daquela rua e eu dormi feito pena que finalmente alcança o solo.
Você me jogou da altura dos seus ombros: não quero fugir das coisas que caem. Do seu corpo arremessado entre as minhas mãos e das palavras que inteiramente nossas, tomam rumo.
Tudo continua vivo enquanto o desejo assentar terreno. Tudo o que a terra absorve já não é desejo, é reparação.
Quero viver a noite em que o mundo dorme. Porque seus olhos abertos são os pequenos milagres.
Raissa Correia
Crédito da imagem: Itatiquara ao pôr do sol - fotografia minha
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