~ excerto ~
Aquilo que por muitas vezes nos escapa das mãos, mas que inevitavelmente encontra-se com nossos passos, chamamos destino.
As sementes que na terra esqueci e hoje me encontro com flor, dou nome ao acaso.
Onde minhas escolhas terminam, meu alcance sossega, o além que me cerca e o que o outro ensina, sei nome não.
Pois ando ainda sabendo - e não por inteiro sabido - dos ciclos e do tempo; aprendendo o que em mim floresce e o que de mim o vento leva.
O sabor do vinho, das preces e das marés.
O que tem jeito de porão, janela ou quintal. O que tem raiz na alma e nunca morre.
Guilherme Antunes
Fotografia de Dalva Nascimento
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