segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A cadeia

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As vezes a pior cadeia que temos, são nossos próprios paradigmas. Nossa maneira de pensar, nos ata e nos cega, de tal modo que não nos permite ver mais adiante. Estamos prisioneiros em nossa própria cela, somos o carcereiro, o torturador, e o prisioneiro.
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Quem tem as chaves de nossa cela, ou o detonante que voa pelos ares esta maldita cadeia, somos tu e eu. Mas não nos atrevemos a usá-los, por que somos cativos de nosso pior verdugo. O Medo.
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Quem nos colocou aqui? Quem foi?.... existem mil e um motivos ou causas.
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Uma decepção amorosa, uma infidelidade, uma auto-estima mal compreendida. Uma infância desditada, ou o contrário uma superproteção paternal. Um defeito físico, pobreza econômica, uma ideologia, ou uma religião castrante, etc.
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Este motivo, não nos permite sequer assumirmos as rédeas até o exterior. Com o tempo nos acostumamos ao reduzido de nossa cela, que os espaços grandes, os detestamos. E a liberdade isso é, um espaço grande. Quiçá a felicidade não está fora dessas quatro paredes, mas é necessário criá-la.
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Porque a felicidade há que criá-la, não existe sob encomenda, mas necessita de um elemento primordial, a liberdade. Se não existe esta, poderemos colocar a culpa em qualquer intromissão externa, ou melhor, teremos razão ou pelo menos ,uma desculpa digna.
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Já intuímos o motivo, agora qual será esse calabouço? Uma relação incorreta difícil de terminar, ou uma relação que sobrevive por falta de uma decisão. Uma vida sombria e sem esperança, uma rebelião contínua a uma situação que não se entende. Um medo a usar o livre arbítrio e equivocar-nos.
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Não tenhamos medo, não vai acontecer nada, que não tenha remédio, o pior que poderá suceder é que nos acostumaremos tanto a esta situação que criamos que para nós, não há outra. Por favor! Leia-me ou escuta-me em tua imaginação, temos direito à felicidade, nada tem a tua e a minha, nós só temos que construí-la. É possível, mas há que fazê-la, assim como se faz um delicioso bolo que depois desfrutamos, assim também a felicidade.
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Temos os elementos para fazê-la! De nossa vida podemos fazer que esta seja feliz ou infeliz, não depende de ninguém, mas de nós mesmos. Se os malvados têm direito a ela, com maior razão nós, que não o somos. Essa masmorra, recorda, poderá matar nosso corpo, mas jamais nossa alma.
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Deixemo-la que nos ensine a ser livres e a construir nossa felicidade. Mas para começar, troquemos esse velho paradigma, por este...
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A felicidade existe e todos temos direito a ela!
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Sergio Perez Castañeda

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