sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Sempre em alarme



O amor deixa-nos sempre em alarme.
Alarma-nos quando começa, ou quando não é correspondido; alarma-nos enquanto dura, e mesmo que seja correspondido; alarma-nos quando acaba e nos dói; e continua a alarmar-nos mesmo que tenham passado mil anos desde o dia em que acabou.

Domingos Amaral, "O retrato da mãe de Hitler, Lisboa, 1945"



Crédito da imagem: arte de Odd Nerdrum




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