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“Na biblioteca havia uma lareira grande, no aparador o relógio
que meu pai comprara quando estudante
e ao qual continuava dando corda noite após noite, antes de dormir.
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Eu, já deitada, escutava do outro lado da parede do meu quarto
sua mão dar voltas na chave e preparar a engrenagem para marcar
mais um ciclo: meu pai determinava que haveria um outro dia depois daquela noite.
Apesar dos pesadelos, dos fantasmas que às vezes me assustavam,
havia um universo ordenado, de sol e presenças,
que o relógio de meu pai traria de volta na outra manhã.”
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Lya Luft
in “Mar de Dentro”
“Na biblioteca havia uma lareira grande, no aparador o relógio
que meu pai comprara quando estudante
e ao qual continuava dando corda noite após noite, antes de dormir.
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Eu, já deitada, escutava do outro lado da parede do meu quarto
sua mão dar voltas na chave e preparar a engrenagem para marcar
mais um ciclo: meu pai determinava que haveria um outro dia depois daquela noite.
Apesar dos pesadelos, dos fantasmas que às vezes me assustavam,
havia um universo ordenado, de sol e presenças,
que o relógio de meu pai traria de volta na outra manhã.”
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Lya Luft
in “Mar de Dentro”
2 comentários:
Linda, esta relação entre o relógio e o universo ordenado do pai!
É um dos meus trechos favoritos deste do livro "Mar de Dentro" da Lya Luft... estou postando alguns trechos por estes dias!
Beijos!
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