terça-feira, 24 de novembro de 2009

O simples caminho do "sentir"

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A postagem de hoje vem atender ao convite de Rebeca e Jota Cê, autores do Blog Nectar da Flor, na blogagem coletiva "UM CONTO DE AMOR COM CHEIRO DE NECTAR DA FLOR".
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A proposta é:
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"Conte um conto, seja personagem da sua história e sinta cada palavra escrita na hora que for contar."
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O SIMPLES CAMINHO DO "SENTIR"
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A Primavera, Monet, 1886
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Era uma tarde de domingo como outra qualquer, sem nada de especial. Fazia muito calor e estávamos sentados na varanda, sem nada prá fazer... tu lias o jornal e eu cochilava na cadeira, ouvindo o CD do Yanni. E, num misto de sonho encantado e de delírio de primavera, comecei a lembrar de cenas de todos esses nossos anos de convivência. Sei que muita coisa se perdeu, mas alguns momentos jamais deixarei de viver e lembrar. A memória tem esse poder: com o tempo se torna seletiva, e muita coisa fica para trás, num passado silencioso e cheio de névoa. E nesse silêncio da memória, a tua voz é que sonoriza o meu instante.
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Lembro teus lábios se unindo num sussurro em meus ouvidos, fazendo do meu dia um dia melhor, pois renasço em cada palavra tua. Daí acabo lembrando também da minha voz, eco da tua, a te falar dos meus medos, dos meus abismos, a te rogar que fiques atento aos meus passos, tantas vezes sem rumo.
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Lembro teus braços, fortes âncoras, sempre a me resgatarem dos meus desvios, a encurtar a distância entre nós. Das tuas mãos, que em todo tempo inventam e reinventam pontes e fazem as demarcações seguras e firmes das minhas distâncias, pois nelas estão gravadas o mapa do meu coração.
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Lembro teu colo, recanto tranqüilo das minhas vontades, a me oferecer ternuras e afagos.
Das tuas canções, sempre a embalar meu sono, com acalantos e suspiros. Elas tem o poder de me aprisionar o coração...
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E lembro teus olhos, fontes de luz que me guardam, a percorrer meus desassossegos...
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Em tardes como essas, quando o calor entontece e o coração anda assim, incontido, a tua essência sorri para mim e brinca como se fosse uma imagem numa tela de Monet.
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E deixando o jornal de lado, tu te levantas, vem prá perto de mim e fala baixinho:
“- Vem... já vai escurecer... vamos entrar e tomar um suco... está muito calor!”
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Eu vou... afinal, gosto de andar junto a ti nesse simples caminho do "sentir".
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Essa postagem faz parte da Blogagem Coletiva UM CONTO DE AMOR COM CHEIRO DE NECTAR DA FLOR. Obrigada, Rebeca e Jota Cê. Foi um prazer participar.
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16 comentários:

~*Rebeca*~ disse...

Dalva,

Existem momentos que são fotografados na memória e esse seu foi um deles. Dar colorido ao amor que sente é digno de ser apreciado. Essa sua emoção andou lado a lado com a sensibilidade.

Parabéns, menina linda.

Boa sorte!

Rebeca


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Eu disse...

Olá Dalva!

Vim apreciar sua postagem e fiquei encantada pela riqueza do seu blog.

Parabéns!


Deixo o meu beijo carinhoso

babi disse...

humm fui lendo e me deliciando em casa palavra...bom ter o amor por perto..e lembranças q ficam pra sempre na memoria de um coraçao feliz e apaixonado!!!Bjs doces!!!Deus os abençoe!!

Lunna disse...

Dalva, simplesmente delicioso esse teu conto. E fechou com um jeitinho tão cuidadoso, típico de quem segue aquela marcha porque por ali é feliz e ponto final

"Eu vou... afinal, meus passos gostam tanto de andar junto aos teus, nesse simples caminho do "sentir"."

Grazie por esse presente verspertino. Bjs

Mahria disse...

Um conto de amor com cheiro de lembrança, encantamento e saudade...

Lindo!

Bjinhos
Mah

Sandra disse...

Lindo Poster amiga.
Cada um de nós traz a sua história, conto de amor, pelo qual um dia foi vivido ou vivenciado.
Não é fácil retomar alguns desses momentos. Mas temos que ter a coragem e falar desse amor.
Este momento, foi nos proporcionado pelo blog da Rebeca, onde cada um tinha a sua liberdade de escolha e publicar o seu conto.
Fiquei muito feliz em estar participando com o blog uma interação de amigos.
Aqui todos falam do amor, comentam e compartilham.
venha e participe:http://sandrarandrade7.blogspot.com

com muito carinho seras bem recebida, lá.
Sandra

Fragmentos Betty Martins disse...

.________querida Dalva







admiravelmente bela_______esta "passagem" duma grande história de amor






muitos parabéns!




:)







_____________///








beijO______trenO

Mylla Galvão disse...

Lindo, lindo, lindo...
Gostei mto...

bJÃO

Luma Rosa disse...

Que ternura!! E acho que deve ser assim o amor e nos trazer calma, paz e aconchego!! Beijus,

Unknown disse...

Lindo conto... cheio de sensibilidade. Acredito no amor diário, na construção que ele traz.
É fácil ser feliz na alegria, na novidade. Amor de verdade passa pela rotina e dia-a-dia.

Parabéns!

Cacau

Carolina disse...

Que lindo, Dalva!

bjão

mARa disse...

...que delicia quando o outro nos desperta essa segurança essa paz e tranquilidade...Conto de amor e paz.

Parabens!


beijos de Luz!

Karol ---de BH--- disse...

Olá,
estou visitanndo os blogs que participaram da blogagem coletiva.
Deixo meu abraço e parabéns pela criatividade de cada palavra.
bjus

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Lindo Dalva, aqui no meu caso nós nos convidamos a beber um chá, pois faz frio, rs.

Bjao

disse...

Dalva, Parabéns pelas palavras. Sou hiper fã da Rebeca.
@Rebeca, adoraria ter seu contato. Eu me inspiro demais em seus poemas. Você é de uma sensibilidade incrível!!!!!

Dalva Nascimento disse...

Obrigada pelo carinho e pela visita, Jo!
A poesia e a sensibilidade nos une, nessses dias tão necessitados de boas notícias! Volte sempre, a casa é sua!
Beijos!

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